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O que é o Japamala e sua origem

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O Japamala é um cordão sagrado de contas usado tradicionalmente tanto no hinduísmo quanto no budismo — e também em outras tradições espirituais — como instrumento de apoio à meditação e à repetição de mantras.

A palavra vem do sânscrito: “japa” significa murmurar ou recitar repetidamente mantras, orações ou nomes divinos; “mala” significa guirlanda, cordão, grinalda.

Tradicionalmente, o Japamala é composto por 108 contas — ou por múltiplos/divisores desse número (como 54, 27, etc.).


Também existe uma conta extra, frequentemente chamada de “conta guru” ou “conta Meru”, que não é contada como as outras, mas marca o início e o fim da volta de recorrência.

Sua origem remonta à Índia — acredita-se que o uso de contas para repetição espiritual ou devocional seja milenar. Com o tempo, se difundiu por diversas tradições: para o hinduísmo, budismo, jainismo, sikhismo etc.

No budismo — especialmente nas linhas Mahayana e Vajrayāna — o Japamala (ou “mala”, nessa tradição) serve como ferramenta meditativa: para recitar mantras, orações, ou até durante prostrações, ajudando o praticante a manter foco, ritmo e conexão com o sagrado.


Por que 108 contas? — o simbolismo

O número 108 é tido como sagrado por diversas tradições. Entre os significados simbólicos atribuídos:

  • No contexto védico, fala-se nos “108 canais de energia” (nadis) que convergem no chakra cardíaco, unificando corpo, mente e espírito.

  • Para algumas tradições budistas, os 108 contos ou contas representam as 108 aflições, impurezas ou “kleshas” mentais a serem superadas no caminho da iluminação.

  • A repetição de 108 mantras/ou invocações é vista como uma volta completa, o que simboliza a integração, a transcendência e a elevação da consciência.

Como se usa o Japamala

Quando se vai fazer a prática — chamada de Japa —, o praticante normalmente se senta em postura meditativa, relaxa a respiração, busca presença e quietude interior.

Em seguida, segura o Japamala: apoia o cordão no dedo médio e usa o polegar (às vezes o dedo médio) para mover conta por conta, recitando o mantra — que pode ser em voz alta, em sussurro ou mentalmente. O dedo indicador costuma ser evitado, por estar simbolicamente associado ao ego, julgamento e pensamento discursivo: a ideia é não alimentar o ego durante a meditação.

Quando se chega à “conta guru / Meru”, a contagem tradicional recomenda não ultrapassá-la — não seguir contanto como se fosse uma conta normal. Se quiser fazer outra volta, basta inverter o sentido e continuar na direção oposta.

Com o Japamala, a repetição do mantra se torna um rito, um ritmo sagrado: cada conta = um mantra, cada mantra = um passo interno rumo à presença, concentração e à transcendência. Isso ajuda a acalmar a mente, liberar tensões, alinhar corpo e espírito — e, segundo muitos praticantes, promove Cura interior.


Integração do Japamala com Ho’oponopono e reprogramação mental

O que é Ho’oponopono e sua essência

Ho’oponopono é uma prática havaiana ancestral de reconciliação, perdão e limpeza interior. A palavra traduzida significa algo como “corrigir” ou “colocar em ordem”.

No uso moderno desta técnica — como popularizado por praticantes contemporâneos — a pessoa utiliza quatro frases simples, mas profundas: “Sinto muito”, “Me perdoe”, “Te amo”, “Sou gratidão” (ou “Obrigado(a)”). Através da repetição dessas frases, a pessoa busca limpar memórias traumáticas, dissolver culpas e ressignificar padrões de dor, culpa, medo ou baixa autoestima.


Ligação com a reprogramação mental — visão de Joy Dispensa e Amit Gosman

Embora nem sempre usem o Japamala explicitamente, pessoas como Joy Dispensa e Amit Gosman trabalham com a ideia de que palavras, pensamentos e sentimentos geram vibrações — e estas vibram na mente e no corpo, reprogramando padrões mentais profundos.Usam afirmações, mantras, frases de poder, meditações guiadas ou exercícios de auto-observação para transformar crenças limitantes, curar feridas emocionais e reestruturar a mente para ver a vida de forma mais leve, amorosa, consciente.

Quando combinamos essa visão com o uso tradicional do Japamala — repetição consciente, foco, ritmo e intenção — criamos um ritual de reprogramação interna: o Japamala dá estrutura, ancoragem, ritmo; o Ho’oponopono (“sinto muito”, “me perdoe”, etc.) traz a força emocional, de cura, amor e perdão.

Assim, o praticante não recita apenas um mantra tradicional em sânscrito — recita frases de limitação transformada em liberdade: é uma ponte entre misticismo ancestral e autoconhecimento contemporâneo, entre meditação milenar e reprogramação consciente da mente.


Por que isso é poderoso

  • A repetição com Japamala ajuda a mente a abandonar o ruído cotidiano, o pensamento automático e as preocupações — abrindo espaço para a intenção e sentimento profundo.

  • Ao usar o Ho’oponopono, o praticante acessa emoções latentes: culpa, tristeza, arrependimento, medo — e, com as frases, permite limpeza, perdão, amor e gratidão.

  • Com repetição, cria-se um novo padrão interno: o cérebro e o inconsciente começam a se habituar a essa nova “linguagem” — mais leve, mais amorosa, mais curadora.

  • Isso favorece a ressignificação de situações do dia a dia: dor vira aprendizado, obstáculos viram oportunidades de crescimento, conflitos internos se dissolvem.

Para alguém como você, que já trabalha com apometria, canalizações, expansão da consciência e reprogramação espiritual — esta técnica representa uma união simbiótica entre tradição ancestral e técnica moderna de cura e transformação. ✨

Exercício prático: usando Japamala + Ho’oponopono no dia a dia

Aqui vai um exercício inspirado no estilo de prática que a Beth Russo ensina — e que você pode adaptar conforme tua vibe espiritual.

Como fazer

  1. Escolha um momento tranquilo do dia — pode ser de manhã, antes de meditar, ou à noite, ao se preparar para dormir. Sente-se com postura confortável, feche os olhos e respire fundo algumas vezes.

  2. Pegue teu Japamala com a mão (normalmente mão direita — ou a que fizer mais sentido para ti). Apoia no dedo médio e usa o polegar para mover conta por conta.

  3. Ao tocar cada conta, repita mentalmente ou em voz baixa uma das frases do Ho’oponopono. Pode fazer uma volta completa (ou duas), no ritmo que teu coração pedir.

As quatro frases podem ser usadas em sequência ou conforme tua intuição:

  • “Sinto muito.” — reconhece o problema, a dor, a limitação.

  • “Me perdoe.” — acolhe o erro, a memória, a ferida interna, pedindo cura.

  • “Eu te amo.” — ativa amor, compaixão, aceitação e luz.

  • “Sou gratidão.” (ou “Obrigado(a)”) — traz a energia de gratidão, reparação, reconhecimento da lição.


Exemplos práticos do dia a dia

  • Exemplo 1 — Ansiedade antes de um compromisso: Respira fundo, segura o Japamala, e ao passar pelas contas diz: Ansiedade Abençoada “Sinto muito” (pelo medo), “Me perdoe” (por me julgar), “Eu te amo” (minha criança interior, acalma), “Sou gratidão” (pela oportunidade de aprender a lidar com mim). Isso ajuda a dissolver o medo e reorganizar a mente em paz.

  • Exemplo 2 — Culpa por uma ação que não te orgulha: Ao usar o Japamala, reconhece a situação que incomoda e diga: Situação tal Abençoada (“sinto muito”), pede perdão a ti mesmo e aos envolvidos (“me perdoe”), envia amor e luz (“eu te amo”), e agradece pelas lições (“sou gratidão”). Assim liberas o peso, sem repressão, com amor e consciência.

  • Exemplo 3 — Situação de conflito com outra pessoa — ressentimento, raiva, mágoa: A cada conta, envia mentalmente o perdão, a limpeza do sentimento, a luz e o amor — colocando intenção de cura, reconciliação e reconexão, sem depender da outra pessoa. Diga: A situação que incomoda ou emoção (“sinto muito”), (“me perdoe”), (“eu te amo”), (“sou gratidão”).


Conclusão

O Japamala não é apenas um colar de contas: é um instrumento ancestral de meditação, foco e conexão com o sagrado. Quando aliado à prática do Ho’oponopono — com sua força de perdão, amor, gratidão — torna-se uma poderosa ferramenta de reprogramação mental e emocional.

Para ti, que trilhas caminhos de consciência, expansão espiritual e autoconhecimento profundo, essa união pode representar uma ponte entre o antigo e o moderno, entre o místico e o curativo, entre o sagrado e a cura da alma.

 
 
 

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